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Bloody Mary

Pedro Simão Mendes, em 31.10.16

Maria del Consuelo Sangrenta,

Senhora britânica,

De origem hispânica,

Tinha uma vida truculenta.

 

Os maus olhares e maldizeres:

Que perdia seus dias

Em bruxarias,

Ou lá que eram tão estranhos afazeres.

 

Se saía à rua

Era em segredo,

De manhã cedo,

Quando o dia ainda tem lua.

 

Que sua casa era prisão

Donde não podia sair.

Aos outros não se atrevia sorrir,

Restava-lhe a solidão.

 

Mas o que Maria fazia

Era um afagoso licor

Para a falta de calor

Com que passava todo o dia.

 

E lá bebia, Maria Sangrenta,

Sonhando outra vida,

Não a sua, já sumida,

Já esquecida, poeirenta.

 

E a viciante poção,

Seu único alento,

Lá a aquecia, como sustento

De seu pobre coração.

 

escrito a 20.04.2011

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às 22:13




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