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há pouco mais de um mês, enquanto tomava café com um amigo meu, fizemos um exercício de escrita do qual resultaram três poemas. apresento-vos, assim, um poema escrito em co-autoria com Israel Guimarães.
Depois de anoitecer
Houvesse noite que findasse e trouxesse um novo dia,
Houvesse madrugada que devolvesse sementes de memórias perdidas
E ter-te-ia, novamente, em meus braços, em meus lençóis.
E assim perdia a noite, perdia o dia, perdia o tempo. Assim, contigo, em ti,
Sem mim, morreria surdo em teu corpo nu. Que o sol nasce e arde ainda.
E não somos nós, não és tu, não sou eu. É o que somos e não existe, queima,
Corrói e destrói e torna triste o dia que despertou.
Antes a noite eterna e a esperança de se acabar.
E prometo que morrerei, num abraço efémero do teu amor,
Depois de anoitecer.
escrito a 10.07.2013