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#626

Pedro Simão Mendes, em 26.05.14


esta música faz-me lembrar demais.

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às 21:43

refracção

Pedro Simão Mendes, em 22.05.14

o céu, permeável,
deixa-se cinzento
chover
e há algo na sua
cor
que conforta a alma
pela mágoa que refracta.
como se também ele
soubesse, acaso,
chorar.

escrito a 19.01.2014

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às 00:00

dos erros

Pedro Simão Mendes, em 20.05.14

«todos os erros da terra se resumem a esta expressão rasa: evitação da vida.»

 

--Natália (as cartas de natália), in nas tuas mãos, de inês pedrosa

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às 23:13

#623

Pedro Simão Mendes, em 10.05.14

«tudo o que há para saber do amor é deslumbrada aceitação. não se aprende a amar, camila; não há vontade democrática capaz de espalhar a paixão pelas bolsas de pobreza onde ela não chega, nem fábricas capazes de a produzir em peças, para montagem, construção ou exportação. não há nada de justo neste sentimento: a justiça, aliás, não passa de um espectáculo de ordenação do mundo, um circo que inventávmos para substituir a irracional lei do coração.

não procures explicação para a minha vida, nem a tomes com pena ou escândalo; quando eu ficar tão velha que pareça louca, lê nestes cadernos que eu fui feliz. não te preocupes como ou quanto, nem caias na tentação de distinguir amor e paixão: a pouco e pouco, fui vendo que essas divisões são armadilhas que se montam para que o pano caia sobre os nossos olhos e a imortalidade desapareça do horizonte. o amor, camila, consiste na divina graça de parar o tempo. e nada mais se pode dizer sobre ele.»

--Jenny (o diário de jenny), in nas tuas mãos, de inês pedrosa

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às 14:00

da sorte

Pedro Simão Mendes, em 08.05.14

esqueci-me de mencionar (ultimamente tenho andado muito esquecido) que os assaltantes não levaram as duas prendas para ela que, embrulhadas, estavam ao pé de tudo o que eles roubaram. talvez não quisessem estragar o aniversário das pessoas que estavam a assaltar. é que nem abriram os embrulhos para ver o que era...

 

afinal foram simpáticos. ou foi sorte.

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às 12:34

#621

Pedro Simão Mendes, em 07.05.14

hannibal quote

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às 21:55

do azar

Pedro Simão Mendes, em 07.05.14

boa sorte, costumamos desejar. como se a sorte pudesse ser boa ou má. se certos acontecimentos são mais do que acaso, se existe sorte, então ou se a tem, ou não se a tem. e quando não se tem sorte, tem-se azar.

fui assaltado algumas vezes. duas vezes na rua (das duas, curiosamente separadas por exactamente um ano, roubaram-me o telemóvel) e três vezes, assaltaram-me o carro, que é da minha irmã (das duas primeiras vezes, deixei o carro aberto - roubaram um isqueiro que a minha irmã lá tinha da primeira e, da segunda, levaram-me algum dinheiro da carteira, que tinha deixado lá; da terceira vez, abriram o carro, sem sinais de arrombamento, e levaram-me o portátil, a máquina fotográfica, um saco com roupa, entre outras coisas).

 

esta última vez aconteceu na semana passada, na madrugada do dia três de maio. era o aniversário dela. ela não gosta muito do seu aniversário e, por isso, este ano, tentei planear algumas surpresas que a deixassem contente e que a fizessem voltar a gostar de festejá-lo. fomos tomar café com os amigos, fui ao carro buscar o bolo para cantarmos os parabéns, tranquei-o e voltei para o bar. cantámos os parabéns e algum tempo depois, íamos para outro sítio. chegámos ao carro e estava aberto: tinham levado o que descrevi acima. além do valor monetário dos objectos, perdi imensos documentos e fotos que ainda não tinha guardado. foda-se, é preciso ter azar! no saco de roupa, estavam três prendas que ela me tinha oferecido: um perfume, a t-shirt do blog e o mp3 à prova de água. foda-se, foda-se, foda-se. um colega nosso tinha o carro aberto também, com sinais de arrombamento (levemente arranhado), mas não lhe levaram nada - não tinha nada para levarem. que sorte.

 

poderia tentar ser positivo e pensar pelo menos não levaram o carro, ou vá lá, não nos aconteceu nada de mal. ainda assim, considero sempre o facto de a empresa da minha mãe (e onde o meu pai trabalha) estar na merda há 6 anos, não sair da cepa torta e estarmos com dificuldades económicas (e, apesar de estar numa fase de implementação de um plano de recuperação, não me parece que haja perspectivas de melhoras para breve). paralelamente, sabia que o portátil estava a dar o berro, mas estava a tentar adiar o mais possível comprar um novo - agora é impossível - precisava de um emprego para consegui-lo; precisava de um emprego para juntar dinheiro para investir nuns óculos (estou algo míope) e numas palmilhas ortopédicas (tenho os pés tortos e há cerca de 5 anos que uso as mesmas palmilhas); precisava de juntar dinheiro para o segundo mestrado que vou fazer em lille, no programa erasmus, no próximo semestre e para aproveitar a oportunidade e visitar algumas cidades europeias.

 

neste panorama, não tenho tido a capacidade de ver algo de positivo nos últimos tempos da minha vida.

 

mas, digam lá, é preciso ter azar, não?

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às 21:30



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