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«...e é tão bela a prisão.»
das fotos que tirei em berlim, partilhada no meu instagram.
quero-te meu em todas as estações
não importa a viagem
não importam as paragens
quero-te em mim
e quero-me em ti
saciando essa tua sede
de me ter
quero ser a razão da tua vontade de dançar
e fazer os teus olhos fulgurar
ah
hás-de ser todas as minhas estações
todo o meu presente
e todo o meu futuro
todas as minhas memórias
incandescentes.
escrito a 21.02.2017
room (braga, out.2016)
houve um quarto que, um dia, me trouxe a saudade do porvir. na luminosidade que entrava pela janela, pude fitar a estaticidade do tempo e, por breves segundos, tudo permaneceu igual.
de tudo o que o tempo transforma, há coisas que permanecem imóveis. é neste limbo de imutabilidade que nos encontramos desde que existimos. sermos sempre nós mesmos, numa ilusão qualquer de mudança, pela acção do tempo. a mera acção do tempo. importará, acaso, o caminho, se a meta é, afinal, igual para todos?
senti trémulas as pálpebras fitando o futuro e o passado juntos, no momento em que tuas mãos me tocaram. desejei fazer contigo o caminho, fosse ele qual fosse. fomo-nos amando. quando o futuro chegar, saberemos o que sentir. entretanto aprendi que extáticos, vamos vivendo; estáticos, vamos morrendo.
meu fado
é mais enfado
que canção
um simulado
bater de coração
preguiçoso
no ritmo
e capcioso
na melodia.
é só uma
arritmia
de viver.
escrito a 12.02.2017
aquele outro momento em que vais ao médico, de urgência, e descobres que o que tens é afinal uma faringite, e não uma gripe. antibiótico para o bucho.
e depois, porque tens pus na úvula, o tratamento que tens de fazer envolve também gargarejos de betadine (próprio para este fim). gargarejos de betadine. ew.
aquele momento em que pensas ter escapado da onda de gripe que assolou a tua família, mas de repente ficas de cama. logo depois do primeiro dia do teu doutoramento, e quando tens aulas às 9h no dia seguinte.
estou nesse momento.