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#776

Pedro Simão Mendes, em 19.02.17

Room

 

room (braga, out.2016)

 

houve um quarto que, um dia, me trouxe a saudade do porvir. na luminosidade que entrava pela janela, pude fitar a estaticidade do tempo e, por breves segundos, tudo permaneceu igual.

de tudo o que o tempo transforma, há coisas que permanecem imóveis. é neste limbo de imutabilidade que nos encontramos desde que existimos. sermos sempre nós mesmos, numa ilusão qualquer de mudança, pela acção do tempo. a mera acção do tempo. importará, acaso, o caminho, se a meta é, afinal, igual para todos?

senti trémulas as pálpebras fitando o futuro e o passado juntos, no momento em que tuas mãos me tocaram. desejei fazer contigo o caminho, fosse ele qual fosse. fomo-nos amando. quando o futuro chegar, saberemos o que sentir. entretanto aprendi que extáticos, vamos vivendo; estáticos, vamos morrendo.

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às 23:40



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