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obsoletismo

Pedro Simão Mendes, em 01.05.17

a minha existência é, hoje, obsoleta. tornei-me negativo e, em retrospectiva, não sei muito bem caracterizar como fui ficando assim. estou sempre desmotivado, sentindo-me quase sempre só, triste ou irritado. não faço nada. só existo.

por isso, sinto que preciso de pessoas positivas na minha vida. preciso de pessoas que me façam sorrir quando as vejo. hoje visitei o meu antigo local de trabalho, e tive a oportunidade de cumprimentar alguns amigos que não via há algum tempo. esses breves momentos fizeram-me bem, porque imediatamente antes sentia-me muito irritado. mas bastou um olá para me fazer sentir totalmente diferente, pondo-me um sorriso na cara.

paralelamente, preciso de algo que me motive. algo que me faça querer envolver-me a sério no meu doutoramento, na actividade física, na leitura. quero encontrar um livro que me dê prazer ler. quero arranjar um desporto que não me faça desistir. quero ser mais regrado no meu trabalho.

mas não estou a conseguir. apesar de não ser a única razão, penso que tem muito a ver com uma certa dependência crescente nas redes sociais. qualquer actividade me aborrece (excepto socializar, isto é, conversar com pessoas sobre temas interessantes). para fugir ao aborrecimento, pego no telemóvel e tenho um infindável leque de fotos e vídeos bonitos no instagram, ou no facebook. mas, cada vez mais, noto que isso me afecta negativamente (e não é só a mim).

ninguém fala com ninguém, está tudo agarrado ao telemóvel. andamos sempre distantes, mesmo que nos encontremos todos no mesmo espaço físico. isto no geral. no particular, sinto que os meus amigos já não querem saber de mim. mesmo quando tento marcar algo com eles, ou tento perguntar se está tudo bem, sinto que não há um retorno dessas pessoas.

estou preso num obsoletismo qualquer, e não sei como sair daqui.

 

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