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sexta, 7 de julho
dormir ainda menos, para acordar mais cedo que o normal. sair de purgaili pelas 9h, porque teríamos uma viagem de autocarro para riga de cerca de 3h. tivemos de levar roupa e coisas para passar duas noites fora, o que para mim foi um desafio por apenas possuir uma mochila minúscula. começar a viagem com entusiasmo de pouca dura: o autocarro avariou depois de nem 1h. esperar cerca de 2h por um novo autocarro. seguir viagem durante mais 2h.
visitar o hostel para pousar as mochilas, e ir almoçar. restaurante moderno, com sopa típica (e estranha), mas prato de comida delicioso. "correr" para as actividades da tarde, porque perdemos a manhã: visitar a sede da cruz vermelha em riga, e discutir sobre a situação de regufigados na europa em geral, e na letónia em particular. escutámos um senhor da UNHCR, e uma senhora da "Shelter Safe House". depois, ainda houve tempo para alguns membros de outros países falarem do papel da cruz vermelha no trabalho com os refugiados. foi interessantes, mas cansativo.
sair ao final da tarde para jantar num restaurante biológico, que fazia a própria torrefação e moagem do café que servia. voltar ao hostel, para depois ir visitar um pouco do centro de riga, e conhecer alguns bares. noite divertida, que serviu para desanuviar.
(foto de beatriz marinho)
sábado, 8 de julho
este dia foi dedicado a uma actividade em equipas internacionais. referi que a minha equipa era um tanto peculiar, mas, ao longo do dia, as coisas foram melhorando. resumidamente, cada equipa dispunha de 80€ para gerir em viagens de comboio e alimentação, e tinha de fazer uma caminhada de cerca de 13km, junto ao mar (ou não), para chegarmos ao nosso destino: um centro social à beira-mar, em kauguri. durante a nossa aventura, era esperado que fôssemos, relaxadamente e em equipa, realizando algumas tarefas (e.g. aprender 3 frases em letão, e filmar-nos a utilizá-las; trocar um item de menos de 1€ por algo mais caro; ir postando fotos criativas da equipa no facebook do intercâmbio). não as fizemos todas. os meus pés, tortos (ortopedicamente falando), mataram-me. ainda assim, fomos uma das 3 equipas a terminar o percurso a pé (outros fizeram batota e foram de autocarro).
começou a chover ao final do dia, e o planeado acampamento na praia foi convertido num aglomerado de cerca de 40 pessoas dentro de uma sala, em colchões de campismo (ou algo do género). dividir 1 chuveiro por tantas pessoas foi interessante.
em suma, uma aventura.
domingo, 9 de julho
achei que estar totalmente estafado da caminhada me fosse fazer dormir que nem um bebé. enganei-me, dormi ainda pior do que em todos os outros dias. pequeno-almoço no centro social, assim à pressão e em pé, porque nos foram lá levar a comida. ter uma formação/discussão muito interessante sobre voluntariado em abrigos de animais ou intervenção ambiental, no meio da praia. terminar a discussão mais cedo, e visitar um supermercado para comprar lanche para a viagem, e um ou outro souvenir. almoçar, novamente em pé e à pressão, para depois fazermos uma viagem de autocarro (aquele que tinha avariado no dia anterior) de cerca de 4h.
ficarmos felicíssimos por voltar aos "nossos" bungalows. ficar ainda mais felizes por termos a noite livre, e direito a jacuzzi e sauna para relaxarmos, depois do jantar. aproveitar a noite para descansar. dormi, finalmente, 8h.
segunda, 10 de julho
estar na recta final do intercâmbio significou podermos ter um dia livre. a única actividade foi discutirmos o que fizéramos no fim-de-semana (caminhada, formação sobre o ambiente), e o que é que isso representou para nós. a tarde livre foi ocupada com uma ida ao lago, gelado, onde pude nadar um pouco (que saudades tinha de nadar!). relaxar durante o resto do dia, e jogar jogos de tabuleiro/cartas à noite. momentos divertidos, de interculturalidade também.
(foto de beatriz marinho)
terça, 11 de julho
último dia. avaliar todo o intercâmbio durante a manhã. começar a processar o impacto que isto teve em mim, e perceber que iria deixar saudades. entender que o que mais gosto é de conhecer novas pessoas, novas perspectivas, e que se calhar deveria ter apostado em coisas deste género mais cedo.
imprimir os bilhetes de avião.
reflexão após reflexão, chegámos ao momento crítico de realizar uma actividade em conjunto, no futuro, no nosso país. preparar essa actividade nessa tarde. finalizar tudo com uma churrascada precedida por cerca de 2h de danças bálticas tradicionais.
começar a digerir as despedidas, enquanto convivemos com as diferentes nacionalidades. perceber que apesar do pouco tempo, há pessoas que nos marcam muito, realmente.
preparar a mala e panicar, como panico sempre com este processo. ir para a cama, e dormir apenas umas 4h.
(foto de beatriz marinho)
quarta, 12 de julho
sair de purgaili em direcção ao aeroporto pelas 7h. despedirmo-nos das pessoas, depois de uma ou outra selfie.
perder o dia em viagens. riga-glasgow, com vôo atrasado, que nos fez voltar a crer que perderíamos o vôo de ligação. felizmente, avançámos cerca de 200 pessoas no controlo de fronteiras. glasgow-dublin. ter demasiado tempo em dublin para comer, descansar, e idealizar um reencontro tuga (que certamente não irá acontecer) dali a um ou dois meses. dublin-porto. aquele momento em que, completamente esgotado, consigo adormecer cerca de 1h (*sou aquela pessoa que não consegue dormir em viagens*). porto, finalmente: a despedida dos tugas. a promessa de um reencontro de equipa, e que grande equipa, fica no ar.
porto-braga. pais, carro, auto-estrada. tudo tão familiar, tudo tão igual. a minha casa, o meu quarto. a minha cama, depois de um banho. tudo ainda tão igual. aquele calor infernal, aqueles sons no jardim. tudo tão igual. e eu, tão diferente.