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2017 está quase a chegar ao fim, e esta é sempre a altura em que revisito o ano que passou e deprimo um pouco. embora tenha resumido 2016 numa palavra, não consigo fazer o mesmo com 2017.
2017 foi uma espécie de montanha russa, cheia de altos e baixos (emocionais). ora sentia entusiasmo pelo meu trabalho no doutoramento, ora desesperava por não estar motivado o suficiente; se sinti que não fazia nenhum, o feedback que obtinha era "continua o bom trabalho"; se quero ir viver sozinho, logo panico só de pensar nisso; se por vezes sentia coragem para demonstrar ao mundo que o meu amor não escolhe género, muitas vezes hesitei. mas com ele a meu lado, tudo se tornou bastante mais fácil.
dos melhores momentos, guardo com especial apreciação as viagens a Berlim, e a Paris. e, claro, aquelas pequenas fugas ao Porto, a Lisboa e a Coimbra, sempre com ele a meu lado. também o meu intercâmbio na Letónia foi certamente uma aventura inesquecível. conheci novas pessoas, interessantes, e fiz novas amizades. infelizmente, também me afastei de algumas pessoas. mas faz tudo parte deste ciclo estranho das relações interpessoais.
contudo, revisitando a generalidade do meu quotidiano, sinto que em 2017 fiquei aquém do meu potencial em todos os campos da minha vida, mas sobretudo no profissional. existe um grande hiato entre a pessoa que quero ser e a pessoa que sou. e não encontro a motivação necessária para mudar e trabalhar para lá chegar.
vamos ver como será 2018. certamente, melhor. espero.