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crónicas de mannheim #10

Pedro Simão Mendes, em 16.11.19

   falta sensivelmente um mês para voltar para portugal. e isso é bom. estou a começar a ficar cansado de aqui estar. não só por estar sozinho a maior parte do tempo, mas também porque tenho trabalhado imenso, e sinto que preciso descansar.

   a vida no novo apartamento, temporário, não tem sido muito agradável. eu gosto de cozinhar, e aqui não há condições suficientes para alcançar o mais básico dos cozinhados (e.g., aquecer leite numa panela demora cerca de 20 minutos), e não há nem microondas, nem forno (embora possa usar os da cozinha comum, se não houver eventos a decorrer). na próxima terça-feira, contudo, hei-de me mudar para outro apartamento que, espero, será melhor do que este.

   nas duas últimas semanas tive de alterar repentinamente a minha última experiência, e começar as recolhas de uma nova. digamos que a pressão que isso me causou não foi muito saudável. para piorar, na primeira semana de recolhas só consegui 4 participantes (precisava de amostra mínima de 30). a segunda semana foi melhorando gradualmente, porque recolhi noutro edifício, com ajuda das research assistants de umas amigas minhas (que estavam a recolher dados para outro projecto). finalmente, ontem consegui finalizar as recolhas, o que me deixou bastante aliviado. infelizmente, não me posso dar ao luxo de descansar, porque tenho outras coisas importantes para fazer. por isso, o stress vai manter-se durante mais algumas semanas.

   para piorar tudo, tem-se feito sentir um frio terrível, por cá. logo agora que me aventurei a cortar o cabelo em terras germânicas! apesar do frio, é até agradável passear nas ruas e ver os preparativos para os mercados de natal que começam, devagarinho, a surgir aqui, e ali. umas das melhores coisas dos mercados é o vinho quente, típico desta época, que já tive oportunidade de provar numa festa de natal da associação de estudantes de psicologia (que foi na guesthouse). por isso, vai havendo formas de contornar o frio.

   hoje aproveitei que o sol brilhava para dar uma volta e visitar um mural pintado há uns meses da autoria de um artista espanhol, okudart (okuda san miguel), que marca pelas obras com padrões coloridos e quase psicadélicos. tem criações espalhadas pelo mundo, e aqui em mannheim o seu mural retrata um casal lésbico. há outras coisas que quero visitar, mas acho que vou deixar o passeio para quando ele me vier cá buscar. e, para isso, já falta menos de um mês (vinte e três dias, para ser mais preciso). mas, também, não é como se estivesse a contar.

okudart mural

mural de okudart, em mannheim

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às 17:18



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