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imaginei-te
ontem à noite
deitado a meu lado
abracei a almofada achando que eras tu
e percorri com uma mão os pelos das minhas pernas
sonhando que era teu peito que tocava
vi-te na minha imaginação e, juro, senti-te tão perto
tentei lembrar o teu cheiro
mas não pude
não me lembro já qual o teu cheiro
e tive tanto medo que te pudesse esquecer
por sorte ainda guardo o nosso retrato
ali ao pé da cama
só assim me vou lembrando das feições da tua face
e dos laivos verdes que trazes nos olhos
que se não os tivesse – o retrato
e a internet –
temo que a memória me falhasse
e ficasse todo este amor
só para uma vaga ideia de ti.
escrito a 10.10.2019