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é noite, é tarde, e chove uma chuva miúda, mas constante e que enevoa o ar. relembro nesta noite invernosa uma outra, estival, onde também chovia assim. sinto a humidade do ar passar-me a pele e tocar-me os ossos, num abraço estranhamente reconfortante. elevo o rosto ao céu e sinto a carícia chovida que, caindo compassadamente, apazigua. juro que era capaz de assim ficar durante horas, talvez até amanhecer. e assim esperaria um abraço ou um beijo teus, na húmida inércia de te amar, contentando-me apenas com este abraço, este beijo, que são os que tenho e posso ter. os da chuva.
escrito a 22.01.2016